Fonte: brasilagro
O eucalipto, que já tem grande demanda por causa da celulose, deve ocupar áreas próximas às novas unidades industriais para servir de matéria-prima na geração de energia elétrica dessas unidades. Os investimentos em curso para produzir etanol à base de milho em Mato Grosso provocarão uma expansão da cultura de eucalipto, ainda rara no estado do Mato Grosso.
As usinas que produzem etanol da cana usam o bagaço para gerar energia, que faz rodar as fábricas e as tornam autossuficientes. Já as de etanol de milho não têm biomassa capaz de servir de matéria-prima para cogeração. A saída dessas usinas é comprar biomassa de eucalipto para abastecer as caldeiras a vapor, que geram energia para a produção de biocombustível.
Mas Mato Grosso hoje está longe de ser uma potência em floresta de eucalipto. O dado mais recente do IBGE indica que o Estado tinha 192 mil hectares plantados com a árvore em 2016, o que o colocava em 11º lugar no ranking de florestas de eucalipto do país.
A cultura está concentrada no sul do Estado – onde se instalou o parque industrial de celulose -, enquanto a maior parte das novas usinas serão erguidas no norte, diz Ricardo Tomczik, presidente da União Nacional de Etanol de Milho (Unem). E, para ser economicamente viável, a área de eucalipto não deve estar a uma distância da usina muito maior que 150 quilômetros, segundo Rafael Abud, diretor financeiro da FS Bioenergia.