Fonte: Archadaily – por: Niall Patrick Walsh
Pesquisadores da Universidade de British Columbia divulgaram detalhes de sua nova “célula solar com base em bactérias” capaz de converter luz em energia elétrica mesmo em condições de tempo nublado.
Anunciado como um método “barato e sustentável” de geração de energia de fonte renovável, a célula pode gerar uma corrente mais forte que qualquer outra já registrada em dispositivos semelhantes. O desenvolvimento da célula abre novas possibilidades para regiões tipicamente encobertas, como a Colúmbia Britânica, onde se localiza a Universidade, e o norte da Europa, onde a primeira rodovia solar do mundo foi inaugurada.
As células solares “biogênicas” contêm organismos vivos e foram desenvolvidas a partir de esforços anteriores que se concentraram na extração do corante natural que as bactérias usam para a fotossíntese. A partir do processo tradicionalmente caro e complexo de extração do corante, os pesquisadores da UBC, liderados pelo professor Vikramaditya Yadav, mudaram o foco para a bactéria E. coli, que foi geneticamente modificada para produzir grandes quantidades de licopeno, um corante que é eficiente na absorção de luz para gerar energia.
A equipe estima que o processo poderia reduzir o custo da produção de corante em 90%, representando um salto significativo para a viabilidade da tecnologia. Após o anúncio, a equipe continua avançando, procurando um processo que não mate as bactérias, possibilitando, assim, a produção de corante indefinidamente.
Se desenvolvida com sucesso, a tecnologia também pode ser aplicada à mineração, exploração em águas profundas e outros ambientes com pouca luminosidade.